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Tomorrowland Brasil 2025 projeta música eletrônica como fenômeno cultural

  • Matheus Domingues
  • 22 de out.
  • 2 min de leitura

Festival em Itu reúne grandes nomes da música eletrônica e destaca protagonismo brasileiro na cena global


O Tomorrowland Brasil 2025 acontece de 10 a 12 de outubro, em Itu (SP), reunindo DJs renomados e público de diferentes países. Mais do que um festival de música eletrônica, o evento é considerado um fenômeno cultural porque projeta o Brasil no circuito internacional do gênero e transforma a cidade em polo de economia criativa.


A programação deste ano reforça o peso global do festival: nomes como David Guetta, Armin van Buuren, Dimitri Vegas, Axwell, Steve Aoki e Alesso figuram entre as principais atrações dos três dias. Ícones de diferentes vertentes da música eletrônica, como Deadmau5, Vintage Culture, Lost Frequencies e Nicky Romero, também estão confirmados, garantindo uma diversidade de estilos que vai do trance, mais atmosférico, ao techno, de batidas intensas, passando pelo house dançante e pelo progressive, que cresce aos poucos até explodir na pista.


O Tomorrowland, porém, não é apenas palco para estrelas internacionais. Ele também se consolidou como uma vitrine para a produção eletrônica brasileira, que ganha cada vez mais relevância no cenário global. Este ano, artistas nacionais como Alok, ANNA, Vintage Culture, Cat Dealers, Liu, Bruno Martini, Bhaskar, Pontifexx e Aline Rocha estão entre os destaques do line-up, dividindo espaço com lendas mundiais e mostrando a força criativa do país. A presença brasileira não se limita à música: ela traduz uma identidade sonora própria, marcada pela mistura de estilos e pela capacidade de dialogar com públicos diversos.


Foto: Freepik.
Foto: Freepik.

Em entrevista à Rolling Stone Brasil, Alok destacou a dimensão humana da música em meio ao avanço tecnológico: “A arte precisa de alma. O poder humano é insubstituível diante da inteligência artificial.” O DJ brasileiro também chamou atenção no ano passado ao usar centenas de drones em suas apresentações, criando desenhos e mensagens luminosas no céu. O espetáculo visual se tornou um dos momentos mais comentados da cena eletrônica mundial e reforçou a força de Alok como um dos principais representantes da música eletrônica no Brasil.


Um dos elementos mais marcantes do Tomorrowland é a cenografia dos palcos, que se transformam em verdadeiras obras de arte. Estruturas gigantescas, painéis de LED, fogos sincronizados e projeções visuais criam um ambiente imersivo, onde música e espetáculo caminham juntos. Essa estética grandiosa reforça o caráter cultural do festival: não se trata apenas de ouvir DJs, mas de viver uma experiência coletiva que une som, imagem e comportamento. Figurinos coloridos, maquiagens elaboradas e bandeiras de diversos países completam o cenário e tornam o público parte ativa dessa construção estética.


Ao sediar uma das maiores edições do Tomorrowland fora da Bélgica, o Brasil consolida seu espaço na cena eletrônica internacional. Em 2025, o festival reafirma a música eletrônica não apenas como entretenimento, mas como cultura viva, capaz de mobilizar milhões, atravessar fronteiras, mas principalmente, criar novas formas de expressão artística.


Publicado por Camily França.

Faculdade de Comunicação Social | Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)

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