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Incêndio de grandes proporções consome loja Amigão na Freguesia, em Jacarepaguá

  • Pedro Athayde
  • 22 de out.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de nov.

Chamas permaneceram ativas por 27 horas, até ser controlado


Um incêndio de grandes proporções atingiu a loja de utilidades Amigão, no bairro da Freguesia, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na manhã de 19 de setembro. Após a mobilização do Corpo de Bombeiros, o incêndio foi devidamente controlado no início da manhã do dia seguinte.


As chamas tiveram início por volta das 9h, segundo testemunhas, e logo se espalharam rapidamente dentro do estabelecimento, que comercializa produtos de material altamente inflamável – como plástico e borracha. Moradores relataram intensa fumaça e estalos vindos do interior do imóvel.


Devido à magnitude do incêndio, o trânsito na Estrada de Jacarepaguá, uma das avenidas mais movimentadas do bairro, foi parcialmente interrompido com o objetivo de permitir o trânsito dos veículos de socorro e preservar a segurança de pedestres e motoristas nas imediações.


Equipes do Corpo de Bombeiros permaneceram no local durante toda a noite e madrugada, atuando não apenas para extinguir as chamas principais, mas também para eliminar focos menores – processo conhecido como rescaldo. Foi somente no início do sábado que os brigadistas deram como concluído o trabalho de combate.


De acordo com informações divulgadas pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros, vários imóveis vizinhos foram interditados por precaução, em razão do risco de propagação ou comprometimento estrutural, incluindo o supermercado Mundial, que fica ao lado do estabelecimento incendiado. O mercado é um dos maiores da região e fez falta para os moradores durante o final de semana.


Não houve registros confirmados de feridos ou mortes. No entanto, o proprietário da loja e os vizinhos relataram perdas materiais consideráveis. Estoques, maquinários e parte da estrutura foram destruídos pelo fogo.


Técnicos que vistoriaram o local indicaram que a combustão pode ter sido potencializada pela presença de produtos de plástico e pela circulação de ar no interior do prédio. A Polícia Civil foi acionada e abriu inquérito para apurar as causas do incêndio. Vistorias preliminares estão em andamento, com análise de circuitos elétricos, possibilidade de curto-circuito ou falhas na instalação. Autoridades também devem requisitar perícia especializada para determinar se houve falha humana ou negligência de manutenção.


A ocorrência na Freguesia serve de alerta: em regiões densas como as da Zona Oeste do Rio de Janeiro, o impacto do fogo em um estabelecimento pode se propagar rapidamente e gerar riscos não só ao imóvel atingido, mas ao entorno — exigindo preparo constante de autoridades e moradores.


O dia a dia dos moradores da região foi alterado com a ocorrência do incêndio. Rafaela Ferreira, moradora da região, lamenta as perdas e o impacto do incidente: “O Amigão já era algo que as pessoas se acostumaram a ter por perto. Quebrava um galho muito grande, mas o que fica mesmo é o medo de desabamento do prédio. É uma área muito movimentada para ter um prédio danificado dessa forma.”


Frequentadores do supermercado ao lado também relataram mudanças nas suas rotinas de compras. Um dos clientes, que não quis se identificar, relatou que as mudanças não foram tantas, mas que são sentidas: “O estacionamento do Mundial mudou bastante, não necessariamente é um incômodo essas mudanças, mas a entrada mudou de lugar, não é mais o costume que todo mundo tinha por tanto tempo”. 


Além das consequências no momento do incêndio, o transtorno e a preocupação ainda paira nos arredores do prédio danificado. A Defesa Civil alerta que, caso a área do prédio venha a ser interditada, é estritamente proibido descumprir a ordem, prezando pela segurança das pessoas que transitam ao redor. 


Publicado por Gabriel Gatto



Faculdade de Comunicação Social | Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)

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