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Capital do Pará se prepara para sediar COP30 em novembro deste ano

  • Maria Eduarda Barbosa e Vitória Oliveira
  • 14 de jan.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 28 de jan.

Conferência do Clima reúne chefes de Estado em Belém, região que integra o bioma amazônico


Após o Rio de Janeiro sediar o G20 – evento que reuniu as 19 nações mais potentes do mundo para debater assuntos acerca da economia mundial – em novembro de 2024, este ano, também em novembro, vai ocorrer a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30. O megaevento será sediado em Belém, no Pará, região Norte do país. A conferência, que ocorre anualmente, vai ser realizada entre 10 e 21 de novembro de 2025. 


A COP30 vai contar com a presença e participação de chefes de Estado, políticos, diplomatas e ativistas para debaterem sobre assuntos acerca do meio ambiente e clima. O presidente Luís Inácio da Silva (PT) deve nomear a pessoa que será o Presidente da Conferência – cargo que viabiliza toda a troca diplomática durante o evento.


De acordo com o estudante de Engenharia Ambiental Leonardo Albuquerque, a COP30 é um evento que coloca o meio ambiente em evidência para discussões que tragam efetivas transformações no cenário socioambiental e climático, tão importantes de serem debatidas, tendo em vista o cenário atual de poluição e crise climática do mundo, que já enfrenta o estado de ebulição global.


“Um evento como a COP30 é importante, pois coloca em destaque o impacto das mudanças climáticas em nosso planeta como um todo, com foco nos impactos ocorridos em nosso país. Além de reforçar o quanto avançamos e no que precisamos investir para completarmos os ODS [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável], que acaba tendo relação direta com as mudanças climáticas”, explica Leonardo.


O cenário do grande evento em Belém é encarado como desafiador, já que a Conferência do Azerbaijão não quitou a demanda do financiamento climático – pauta debatida na COP29, que ocorreu no ano passado. De acordo com o portal G1, especialistas afirmam que o Brasil, então, tem a responsabilidade de retomar a pendência e progredir em acordos para preservação ambiental e climática. Para o Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil, conhecido como Itamaraty, a COP30 pode deixar como um “grande legado” a renovação de compromissos com a redução das emissões de gases poluentes.


Para a Agência Brasil, o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do MRE, André Corrêa Lago, afirma que o país tem iniciativas exemplares, programas e experiências, e que por isso pode se beneficiar de duas maneiras: do que já está fazendo e do que pode fazer. Segundo ele, o protagonismo brasileiro nas abordagens climáticas é reconhecido internacionalmente.


Impactos do evento em Belém

O município do Pará vem se preparando para sediar a COP30, aproveitando a movimentação para reestruturar oito avenidas em Belém. Segundo dados da Agência Pará, para conseguir realizar a conferência em novembro, o governo do estado investiu mais de quatro bilhões de reais em obras de infraestrutura na região, que tem a previsão de receber mais de 60 mil pessoas entre 10 e 21 de novembro. 


No total, são quase 25 quilômetros de ruas e avenidas que serão reformadas através do investimento disponibilizado pelo Tesouro Estadual, da Binacional Itaipu e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


Dada a magnitude da conferência, o impacto da COP30 não só chegou na implementação de melhorias para o tráfego, mas também na preocupação com a hospedagem. Entre chefes de Estado, diplomatas, empresários, investidores, ativistas, jornalistas e delegações dos 193 países membros, Belém deve receber mais de 60 mil pessoas. Em entrevista à Agência Brasil, Antônio Santiago, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Pará (ABIH-PA), afirmou que o município deve ganhar três novos hotéis de alto padrão, um deles situado na área do Porto Futuro II, outro no antigo prédio que pertencia à Receita Federal e o último, em Castanhal (fora da capital, mas localizado na região metropolitana).


Publicado por: Matheus Rogers

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Faculdade de Comunicação Social | Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)

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